terça-feira, outubro 03, 2006

Quem ganhou e quem se deu mal na Eleição 2006 em Rondônia

EM ALTA

* O governador Ivo Cassol que, mesmo sufocado por denúncias que pipocavam de todos os lados, conseguiu uma reeleição esmagadora. Teve quase o dobro de votos da petista Fátima Cleide, que fez uma campanha altamente agressiva contra o atual morador do Palácio Presidente Vargas. Cassol, com essa eleição, vai retirar da mídia o nome do bispo Dom Antônio Possamai, que virou celebridade após bater de frente com os corruptos. O homem do chapéu ainda levou na sua vitória a candidatura do amigo Expedito Júnior para o Senado Federal. Esse não tem do que reclamar.

* Expedito Júnior, que fez dobradinha com Cassol pelo PPS. Expedito começou mal nas pesquisas, mas do meio para o final, confirmou sua popularidade, conquistada pelos pedidos de votos do próprio governador.

* Marinha Raupp se reelegeu pela quarta vez consecutiva. A mulher foi a mais votada do Estado, com mais de 65 mil votos. Nem ela mesma esperava. Como diz o amigo Tóia, essa nem precisa fazer campanha.

* Ivonete Gomes sofreu pesadas críticas após divulgar matéria em que Dom Antônio Possamai (suposto algoz de Cassol) bebia em local público e fazia gestos obscenos. A loira jornalista e o restante do pessoal do Rondoniagora, mesmo sob a desconfiança de todos, viraram o jogo ao apostar tudo em Cassol. É o que no pôquer chamamos de “a mão do morto”.

* Carlão de Oliveira foi preso acusado de ser o líder de uma quadrilha criminosa que roubou mais de 73 milhões de reais dos cofres públicos. Apesar de continuar preso, o presidente afastado da Assembléia Legislativa teve expressiva votação e, se sua candidatura for confirmada pelo TSE, volta à ALE pelos braços do povo.

* Adílson Siqueira ficou em penúltimo lugar para governador mas, como marinheiro de primeira viagem, teve ótima aceitação do eleitor mais estudado. O homem deu um “banho” nos adversários em todos os debates que compareceu e ele e seu partido, o P-Sol, saem fortalecidos desta campanha.


EM BAIXA

* Os principais políticos envolvidos em escândalos de corrupção como propinas e sanguessuga. Entre eles estão Ellen Ruth, Ronilton Capixaba, Beto do Trento, Chico Doido, Edson Gazoni, Everton Leoni, Amarildo Almeida, João da Muleta, Nilton Capixaba e Agnaldo Muniz. O povo deu o recado que, pelo menos em parte não é tão burro e complacente assim com bandidos.

* Fátima Cleide e Carlinhos Camurça foram duros contra Cassol nessa campanha e, em alguns momentos, arrotavam arrogância. Gastaram um mundo de dinheiro e, agora, só podem chupar os dedos.

* Amir Lando foi patético, não disse a que veio. Fez uma campanha pífia, moldada por uma atuação inerte, sem força, sem brilho e sem carisma. Apesar de adotar um estilo pacifista, acabou sendo esquecido como relator e presidente das principais CPI’s que este país já viu. Deprimente!

* Os candidatos que representaram a imprensa de Rondônia bem que tentaram, mas foram “calados” nas urnas porque a tendência era refletir o que se vê diariamente na labuta: a imprensa de Rondônia é a classe mais desunida deste mundo.

* A Justiça Eleitoral, que mais uma vez mostrou que só existe no “faz de conta”. Volto a perguntar: “Você já viu alguém ser condenado (preso mesmo) por vender ou comprar voto?”. E quanto aos candidatos envolvidos em crimes e que, mesmo assim, puderam concorrer e ainda serem eleitos?

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