Notas de um domingo campeão

PRÁTICOS?
Interessante esta denominação que um (a) leitor (a) anônimo (a) insiste a atribuir aos jornalistas que não têm formação acadêmica. Interessante, mas soa com tom pejorativo. Quer dizer então que eu sou um jornalista prático? Pôxa, me sinto um dos porquinhos da estória do lobo mal. “Vou soprar até sua casinha cair”.

CORRETO
Ah, sim, senhor anônimo... o nome certo do sinal diacrítico é “hífen’, com “n” no final. Autodidata não tem hífen – pois é uma palavra só - mas matéria-prima sim, pois se trata de uma palavra composta, logo, isenta-se da regra.

QUASE CORRETO
Aos que não sabem do que se trata, leiam o comentário enviado pelo colega que questiona os jornalistas “práticos”. Um comentário que, na minha modesta opinião, merece destaque, pois foi educado, incisivo e sincero, com uma crítica construtiva e bem colocada. Só não entendo porque, nem assim, mesmo quando tratam de assuntos importantes e não entram em picuinhas, meus nobres e queridos leitores não se identificam. Por favor, não é obrigado, mas seria legal ampliar esta integração do blogger com seus leitores, não acham?

DIPLOMA
Só para não deixar parecer revanchismo, quero ressaltar (pela milésima vez) que não sou contra o diploma de jornalismo. Sou contra a obrigatoriedade. Até que se prove o contrário, diploma não faz de ninguém um bom jornalista, principalmente se esse diploma vir de uma faculdade particular. Aqui em Porto Velho é ainda pior. Já vi textos de cada “futuro foca” que me deixaram aterrorizado. São esses os nossos futuros formadores de opinião? Nossos futuros “porta-vozes”? Bom, de qualquer forma, devo dizer que só serei a favor da obrigatoriedade do diploma em Jornalismo a partir do momento em que existir a obrigatoriedade de que cada recém-formado jornalista passe – antes de iniciar a profissão – numa espécie de “teste de proficiência”, algo parecido com o Exame da Ordem, que é realizado na OAB. Com essa peneira, vamos ver quem realmente é bom para esta profissão tão digna. Até lá, contudo, não mudo de opinião.

AGORA VAI
Depois da decepção no feminino, agora vamos ver um voleibol de verdade. Hoje começa a campanha da supercampeã seleção masculina no Pan 2007. Mesmo sem o levantador Ricardinho – que foi, inexplicavelmente, cortado, mesmo uma semana após ser consagrado como o melhor jogador do mundo na Liga Mundial vencida pela sétima vez pelos brasileiros – a seleção continua com um plantel estrelado e quase imbatível. O ouro é uma questão de tempo.

AGORA VAI 2
Por falar nisso, hoje também estréia a seleção de futsal, que tem à frente o gênio chamado Falcão. Mais um ouro praticamente garantido. A primeira vítima é a seleção da Guatemala. Hã? Vamos cansar de fazer e comemorar gols.

VALTER
Ah, sim... quase ia esquecendo... quero pedir desculpas ao deputado Valter Araújo por ter digitado o nome dele com acento agudo no “a” do Valter. E quero pedir perdão ao pequeno caramujo, por ter feita tão cruel comparação... nem os moluscos merecem isso.

DÃÃÃÃ
Cara, frangas, pessoal, povo, ninfetas... até aí tudo bem, mas, gonzaletes? Putz! Ás vezes eu me assusto comigo mesmo. De onde tiro tanta besteira? Só a minha mente doentia mesmo.

DICAS
Lá vai mais uma dica e essa é de pegar muito preguiçoso por aí, seja dentro ou fora da profissão de jornalista. Com vocês, a famosa regra do “Mal” contra o “Mau”.

· Mal – Classifica-se como advérbio e conjunção. Antecedido de artigo ou pronome, torna-se substantivo. Como advérbio e substantivo, opõe-se a bem. “Vamos combater este mal”.

· Mau – Classifica-se como adjetivo e, antecedido de artigo ou pronome, substantiva-se. Opõe-se a bom. “Este cara é mau pra caramba”.

Na dúvida, substitua “mal” por “bem” e “mau” por “bom”. Se fizer sentido, é porque o emprego foi acertado.

Abraços, bando de desocupados!